O que o cuidador formal pode e não pode fazer

Olá, eu sou a Simone Manzaro, Psicóloga, e neste encontro conversaremos um pouco sobre o que um cuidador formal pode e não pode fazer no seu ambiente de trabalho.

Entende-se por cuidador formal aquele que, presta cuidados de saúde em função da sua profissão, ou seja, cuida e é remunerado pelo seu trabalho.

O cuidador de idosos ou de pessoas com demência é alguém que será responsável pelo cuidado direto à pessoa, pelo seu bem estar, alimentação, higiene, recreação e saúde.

Entre suas funções de cuidado estão: auxiliar nas atividades de vida diária; na sua locomoção; cuidar do vestuário; da aparência da pessoa; deve ser um facilitador de comunicação e socialização; deve acompanhar em visitas ao médico; cuidar dos horários de alimentação, medicação, banho entre outras funções.

Porém, o que muito vemos é o profissional “cuidador” exercendo funções que não cabem dentro da sua profissão e, que de certa forma, podem acabar em alterações trabalhistas em sua carteira de trabalho.

É importante deixar claro que, o cuidador não é empregado doméstico e o seu cuidado deve ser direto à pessoa idosa ou com outra doença.

Abaixo listamos o que um cuidador pode e não pode fazer.

NÃO PODE

- Cuidar da casa;

- Lavar roupa da família;

- Cozinhar para a família;

- Cuidar do cachorro;

- Levar/ buscar crianças para escola;

- Servir café para a família;

- Tomar banho na residência (exceto perante um incidente e, com autorização);

- Aplicar injeções (salvo se for enfermeiro);

- Realizar as atividades pela pessoa;

- Tratar com grosseria, estupidez, violência;

- Infantilizar a pessoa doente;

- Ficar rindo da pessoa doente;

- Revidar a possíveis agressões físicas ou verbais, afinal não é pessoal, mas sim a doença agindo;

PODE

- Cuidar da roupa da pessoa (se sentir-se confortável para isso);

- Levar ao médico;

- Levar para passear;

- Cortar unhas e pentear o cabelo, mantendo a higiene;

- Cuidar dos horários de alimentação, banho, atividades de estimulação etc,.

- Preparar as refeições;

- Auxiliar nas tarefas de vida diária;

-Estimular as funções cognitivas da pessoa através de álbuns de fotografias, jogos, exercícios;

- Tratar com carinho, respeito e consideração;

- Tratar a pessoa doente como o adulto que ela é preservando sua dignidade enquanto ser humano;

- Ter paciência para manejar situações de agressividade física e verbal;