Terapia da Boneca

Olá, eu sou a Simone Manzaro, Psicóloga, e neste encontro conversaremos um pouco sobre a terapia da boneca.

Muito se veem em vários veículos de comunicação, principalmente a internet, pessoas com Alzheimer acompanhadas de bonecas, brinquedo este destinado a crianças.

Muitas perguntas começam a permear a mente das pessoas que chegam a colocar em dúvida se esta prática é correta ou não, se deve ser incentivada ou não, se tem comprovação científica ou não.

Existem muitos estudos que mostram os benefícios dessa intervenção para as pessoas com Alzheimer, observando que, essa terapia traz calma, tranquilidade, reduz a agressividade e agitação, promovendo melhora na qualidade de vida da pessoa e de seus familiares.

A boneca tem o papel de ressignificar à história de vida dessa pessoa, dando a ela um novo papel social, aquele mesmo que tinha anteriormente ao cuidar dos próprios filhos.

Mas, para isso, devemos nos atentar a cuidados importantes que farão toda diferença nesta nova relação que será estabelecida, ou seja, paciente e boneca.

Primeiramente, conversar com a família, pois, muitos acreditam que o idoso será infantilizado e que essa prática não terá benefício algum, podendo ser motivo de humilhação.

É importante também observar que, algumas pessoas se dão muito bem com a introdução de uma boneca, já outras podem ficar agressivas com a presença delas, e, não se deve forçar essa relação.

A sugestão é que a boneca seja o mais parecida possível com um bebê de ‘verdade’ e que, sua apresentação para a pessoa com Alzheimer seja feita aos poucos. Evite colocar a boneca em embrulhos, pois tira a noção daquilo que é real. Diga para a pessoa se ela gostaria de segurar o bebê e aguarde a reação, se há afeto ou desprezo, a partir disso, você saberá se poderá ou não inserir a boneca neste contexto.

É importante sinalizar que, não se deve infantilizar a pessoa com Alzheimer. Procure sempre um profissional que detenha as técnicas de intervenção para auxilia-los nessa prática.