Animais de Estimação na Doença de Alzheimer

Olá, eu sou a Simone Manzaro, Psicóloga, e neste encontro conversaremos um pouco sobre animais de estimação no contexto da Doença de Alzheimer.

Todos conhecem os benefícios da terapia assistida com animais em diversos contextos de saúde promovendo melhora e bem-estar aos pacientes. Porém, muitas dúvidas surgem com relação aos animais domésticos (de estimação) no contexto da Doença de Alzheimer.

Os animais de estimação de uma forma geral podem colaborar na socialização do paciente com o meio externo e com as pessoas, trazendo benefícios sociais e, principalmente, comunicacionais, promovendo uma sensação de terem uma companhia em tempo integral. Além disso, a presença de um animal doméstico é uma grande fonte estimuladora da memória afetiva, da linguagem, evita estados de apatia e depressão, trazendo uma melhora na qualidade de vida da pessoa.

Logo, animal passa a ser um caminho de expressão para a pessoa com DA.

Porém, é importante que alguns cuidados sejam observados e tomados.

Primeiramente, o temperamento do animal deve ser avaliado para evitar situações desagradáveis como mordidas, agitação, latidos constantes, pois, animais que muito latem, miam, piam e etc., podem estressar a pessoa com DA e em alguns casos mais abruptos, até machucar. Em segundo lugar, a importância do animal ser vacinado e sadio e, que essa família possua alguém que possa se responsabilizar pelos seus cuidados, afinal, ele também merece carinho, respeito e cuidado.

Com relação ao animalzinho doméstico, é importante que a pessoa com DA e ele possam interagir de forma espontânea, sem pressões. Se a pessoa quiser acarinhar ou pegar, permita, apenas supervisione. Ou ainda, faça comentários como: “Olha Dona fulana, a Lulu chegou, a senhora quer vê-la?”.

É importante sinalizar que, não tem como prever se a pessoa com Alzheimer irá gostar ou não do animal e isso independe de qualquer comprometimento cognitivo. Geralmente, a aceitação de um animalzinho é muito grande.