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Estimulação Cognitiva para Pessoas com DA que Apresentam Deficiências visuais e auditivas



Sabemos que, com o avanço da idade as funções do nosso organismo vão ficando mais lentas e sensíveis o que é esperado para essa fase da vida. Porém, quando temos uma pessoa com Alzheimer, além da degeneração cognitiva própria da doença, algumas funções do nosso organismo acabam sendo prejudicadas pela doença, tornando-se uma grande dificuldade para lidar no cuidado diário.


Atento aqui que, essas deficiências podem ser de nascença também e se complicarem no futuro com a doença.


Muitos leitores enviam mensagens sobre como estimular pessoas que apresentam dificuldades visuais, auditivas, motoras. Acrescento aqui, dificuldades com a fala, perda de olfato e tato, os sentidos tão importantes para nós e que nos colocam a experimentar o mundo de alguma forma.


Não há outra maneira de estimular que não seja pelos sentidos.


Sugiro que as atividades de estimulação cognitiva possam ser:


Para as pessoas com dificuldades visuais:

- Uso de música, toque e pergunte quem está cantando ou toque a música e pare em determinado ponto para que a pessoa continue;

- Trabalhe com texturas, dentro de um saco coloque objetos pequenos que estão em casa (pregador, pente, chaveiro, lápis, borracha, elástico, colher entre outros), ajude a pessoa a colocar a mão no saco e peça para escolher um objeto e pelo tato adivinhar qual é;

- Trabalhe com gostos e cheiros, separe em pratinhos coisas/alimentos que tenham cheiros fortes e sabores fortes (hortelã, açafrão, limão, açúcar, banana, melão), leve a boca da pessoa e peça que experimente e adivinhe o que é ou, aproxime do nariz peça para que sinta o cheiro e tente adivinhar;


Para as pessoas com dificuldades auditivas:

- Lembre-se de usar os outros órgãos dos sentidos, os exercícios acima com uso de textura, cheiros e gostos também servem para essa categoria;

- Brincadeiras que envolvem mímicas, pode-se imitar um animal, um filme, uma dança. Se quiser, use recursos de escrita;

- Em casa, use de etiquetas nos armários, guarda-roupas, produtos de limpeza e alimentos. Promover a autonomia da pessoa (com supervisão de alguém) é estimulação também.


Para pessoas com dificuldades de psicomotricidade:

- Coloque uma música tranquila, se a pessoa consegue movimentar os braços sozinha, faça movimentos de subir e descer os braços como uma aula de balé. Se não conseguir, ajude-a a realizar os movimentos. O mesmo vale para os membros inferiores, que tal uma dança?

- Use o jogo de varetas e vamos treinar a capacidade de segurar objetos, atenção e sensação; podemos também separar bolinhas de várias cores e pedir para que a pessoa pegue e separe por cor;

- Podemos fazer dobraduras ou colagem com papel crepom, lembra quando fazíamos bolinhas para colar?.

- Use uma bola macia, jogue para a pessoa (em uma distância mínima), quando ela pegar peça que jogue novamente, essa atividade treina a capacidade de compreensão de um comando em atividade dupla.


Para as outras ainda há:

- Diga frases curtas ou palavras e peça para que repita;

- Aponte objetos e pergunte o nome deles;

- Faça sons com a boca e peça que a pessoa faça igual;

- Faça uso de jogos, até aplicativos de celular são interessantes;


O importante é que as atividades sejam prazerosas, nada de forçar ou obrigar a pessoa a realizar. Faça um convite e introduza a atividade.


Essas são apenas algumas atividades que podem e devem ser adaptadas e modificadas para o uso em diversos contextos.



OBS: Atividades Motoras e de Linguagem Complexas e Específicas que visam à reabilitar, devem ser realizadas por profissionais de Fisioterapia, Terapia ocupacional e Fonoaudiologia, sendo da competência do psicólogo apenas as atividades voltadas para a psicomotricidade e estimulação das funções mentais superiores visando a manutenção do que está preservado.

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