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De onde veio a consciência que temos sobre a doença de Alzheimer?


Geralmente a consciência sobre algo surge quando somos de alguma maneira, atravessados por esse algo, em circunstâncias diversas.


Se pararmos para pensar, até esse atravessamento, não éramos capazes de reconhecer essa ausência como sendo importante, o que é muito comum acontecer nas em nossas vidas.


Porque seria diferente em relação a uma doença, não é?

Pois bem, a implicação com as questões que permeiam a doença de Alzheimer surgem quando nos vemos diante e dentro dela.


É, a partir daí que vamos produzindo, meio às resistências, medos e fragilidades, coragem para presentificar em nós o que antes não existia. Nesse processo, inauguramos movimentos de busca por informações, por alternativas, aprendizagens e manejos possíveis.

Em uma postura contrária, seguiríamos distanciados da necessidade do cuidado com a pessoa, com a doença e conosco.

Costumo perguntar às pessoas se elas já pararam para pensar sobre o que na doença de Alzheimer as impulsionam a gerar consciência, informação e orientação nos outros? Sobre o que na doença mais as mobiliza ao cuidado?

Se conseguirem responder essas duas perguntas, provavelmente elas já andaram um bom caminho até aqui.

Portanto, é importante sabermos que a consciência sobre uma doença comporta mais que informação, pois a consciência permite que esse "algo" que nos atravessou, nos transforme e, ao nos transformar, nos oriente e, ao nos orientar, nos faça multiplicadores.

Uma doença nunca pede permissão para nos atravessar, mas com ela vem uma força ímpar que nos impulsiona a cuidar da vida. Por via de regra, o que sabemos sobre Alzheimer deve ter sido produzido em nós pelo contato com alguém que nos é caro. Por alguém que segue, mesmo em condição adversa, nos ensinando a ser um familiar-cuidador, um cuidador de memórias e afetos.

Nesse alguém está à origem da entrega, da busca e da intenção que nos move.

Não esqueçamos!


Conscientizar guarda em si mais que informação.

Conscientizar é também formar no outro a capacidade de fazer-se sabedor.

E fazer-se sabedor, envolve responsabilidade e, responsabilidade, produz potência de agir em prol daquilo que agora sabemos daquilo que tem nos atravessado.


Diante dessa consciência, sigamos no propósito de multiplicar informação, orientação e cuidado sobre a doença de Alzheimer.

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